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Custos da indústria caem, mas estão 31,3 por cento acima do nível pré-pandemia, diz CNI
Os gastos industriais no segundo trimestre desaceleraram, entre outros, pela normalização das cadeias de insumos e menor pressão sobre os preços de energia
O Indicador de Custos Industriais (ICI) caiu 4,6% no segundo
trimestre de 2023 na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Este
indicador é formado por outros três e todos estão menores. O custo de produção
teve queda de 5,1%, o custo de capital recuou 6,3% e custo tributário ficou
0,6% abaixo do trimestre anterior.
A pesquisa
da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, ao
longo de 2023, houve um movimento gradual de queda no indicador de custos. No
entanto, eles ainda estão em patamar elevado, 31,3% acima do nível
pré-pandemia.
“A queda de
custos sinaliza uma menor pressão nos preços de insumos e energia. É positivo
que a maioria dos indicadores tenham melhorado na comparação com o trimestre
passado, mas os custos industriais ainda estão em patamar bem elevado, o que
prejudica a competitividade da indústria, tanto no mercado doméstico como no
internacional”, diz a economista da CNI Paula Verlangeiro.
>> Confira
sonora com a economista da CNI Paula Verlangeiro sobre o ICI.
Produção,
capital e tributo. Por que os custos caíram?
Na
produção, a queda nos custos reflete as reduções nos preços internacionais de
commodities energéticas, que ainda estavam em ritmo de queda entre abril e
junho, além da reorganização das cadeias globais e o menor gasto com bens
intermediários. A redução não foi maior devido ao aumento do custo com pessoal,
de 1,4%, impulsionado pela melhora no mercado de trabalho e o fato do período
referente ao segundo trimestre ser historicamente favorável ao aumento de
contratações. Em um ano, o custo com mão-de-obra subiu 10,5%.
O custo com
capital apresentou queda de 6,3%, influenciado pela redução na taxa média de
juros das operações de crédito com recursos livres para pessoa jurídica na
comparação do segundo com o primeiro trimestre do ano. “O contexto ainda é de maior
restrição na concessão de crédito e menor procura diante das taxas elevadas. A
taxa média de juros para capital de giro, usada no indicador de capital,
apresentou leve queda na passagem do primeiro para o segundo trimestre”,
explica a economista.
O custo tributário,
calculado pela soma dos tributos federais e estaduais pagos pela Indústria
divididos pelo PIB industrial, apresentou queda de 0,6% na comparação do
segundo com primeiro trimestre de 2023. Essa queda no indicador ocorreu porque
o crescimento do PIB industrial foi mais que suficiente para compensar o
aumento da arrecadação dos tributos considerados pelo indicador (IPI,
PIS/Cofins e ICMS), no segundo semestre de 2023, na comparação com o trimestre
anterior.
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