IMPRENSA
16 de July de 2025 - 16h06

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Levantamento feito pela CNI mostra impactos do tarifaço sobre economia brasileira e global

Participação dos EUA é relevante para faturamento da indústria brasileira. PIB dos EUA é o mais afetado pelas barreiras

 

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a partir de fontes oficiais e estudos econômicos (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; e Universidade Federal de Minas Gerais), traça um panorama das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e estima o impacto das tarifas norte-americanas sobre a produção brasileira.

 Confira o levantamento na íntegra clicando aqui.


O principal prejudicado com a leva de tarifas impostas pela Casa Branca a parceiros comerciais são os Estados Unidos, conforme estudo da UFMG. O PIB americano pode cair 0,37% a partir das barreiras tarifárias impostas a Brasil, China e 14 outros países, além das taxas impostas à importação de automóveis e aço de qualquer lugar.


O tarifaço pode reduzir em 0,16% o PIB do Brasil e da China, além de provocar uma queda de 0,12% na economia global e uma retração de 2,1% no comércio mundial (US$ 483 bilhões).


“Os números mostram que esta política é um perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos. A indústria brasileira tem nos EUA seu principal mercado, por isso a situação é tão preocupante. É do interesse de todos avançar nas negociações e sensibilizar o governo americano da complementariedade das nossas relações. A racionalidade deve prevalecer”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

 

O peso do mercado americano para o faturamento da indústria


Participação das exportações aos EUA no faturamento bruto (em %)

Indústria extrativa – 4,5% do total

Extração de petróleo e gás natural – 5,3%

Indústria de transformação – 2,6% do total

 

Outros equipamentos de transporte (aeronaves e embarcações) – 22,1%

Madeira – 17%

Metalurgia – 10,1%

Máquinas e equipamentos – 4,8%

Couros e Calçados / Celulose e papel – 4,5%

 

O efeito das tarifas no PIB (mundo e países selecionados)

 

O conjunto de tarifas impostas aos americanos a diversos parceiros comerciais, incluindo Brasil (50%) e China (30%), terá efeitos negativos sobre a economia global e, principalmente, sobre a economia dos EUA.

 Queda de 0,12% no PIB global

Queda de 0,37% no PIB dos EUA

Queda de 0,16% no PIB do Brasil e da China

Retração de 2,1% no comércio mundial (-US$ 483 bilhões)

 

Impactos gerais na economia brasileira

- R$ 19,2 bilhões no PIB (0,16%)

- R$ 52 bilhões na exportação

- 110 mil empregos

 

Setores mais prejudicados com a tarifa sobre o Brasil / Exportação e produção

- 23,61% na exportação de tratores e máquinas agrícolas, com redução de 4,18% na produção

- 22,33% na exportação de aeronaves, embarcações e outros equipamentos de transporte, com redução de 9,19% na produção

- 11,31% na exportação de carnes de aves, com redução de 4,18% na produção

 

Estados brasileiros mais afetados (PIB)

São Paulo: - R$ 4,4 bilhões

Rio Grande do Sul: - R$ 1,9 bilhão

Paraná: - R$ 1,9 bilhão

Santa Catarina: - R$ 1,7 bilhão

Minas Gerais: - R$ 1,66 bilhão

 

Raio-X Brasil e Estados Unidos

O Brasil aplica tarifa média de 2,7% às importações de produtos americanos;

Nos últimos dez anos (2015-2024), os EUA mantiveram superávit consistente com o Brasil: US$ 43 bilhões em bens, US$ 165 bilhões em serviços;

Os EUA são o 3º maior parceiro comercial do Brasil, sendo o destino de 12% das exportações brasileiras e a origem de 16% das importações;

Os EUA são o principal destino das exportações da indústria de transformação, correspondendo a 78,2% das exportações em 2024.


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