Unidades do SENAI-RO recepcionam seus novos alunos
Levantamento feito pela CNI mostra impactos do tarifaço sobre economia brasileira e global
Participação
dos EUA é relevante para faturamento da indústria brasileira. PIB dos EUA é o
mais afetado pelas barreiras
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a partir de fontes oficiais e estudos econômicos
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Ministério de
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; e Universidade Federal de Minas
Gerais), traça um panorama das relações comerciais entre Brasil e Estados
Unidos e estima o impacto das tarifas norte-americanas sobre a produção
brasileira.
Confira o levantamento na íntegra clicando aqui.
O principal prejudicado com a
leva de tarifas impostas pela Casa Branca a parceiros comerciais são os Estados
Unidos, conforme estudo da UFMG. O PIB americano pode cair 0,37% a partir das barreiras tarifárias
impostas a Brasil, China e 14 outros países, além das taxas impostas à
importação de automóveis e aço de qualquer lugar.
O tarifaço pode reduzir em
0,16% o PIB do Brasil e da China, além de provocar uma queda de 0,12% na
economia global e uma retração de 2,1% no comércio mundial (US$ 483 bilhões).
“Os números mostram que esta
política é um perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos. A
indústria brasileira tem nos EUA seu principal mercado, por isso a situação é
tão preocupante. É do interesse de todos avançar nas negociações e sensibilizar
o governo americano da complementariedade das nossas relações. A racionalidade
deve prevalecer”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
O peso do mercado americano para o faturamento da indústria
Participação das exportações aos EUA no faturamento bruto (em %)
Indústria extrativa – 4,5% do total
Extração de petróleo e gás
natural – 5,3%
Indústria de transformação – 2,6% do total
Outros equipamentos de
transporte (aeronaves e embarcações) – 22,1%
Madeira – 17%
Metalurgia – 10,1%
Máquinas e equipamentos – 4,8%
Couros e Calçados / Celulose e
papel – 4,5%
O efeito das tarifas no PIB
(mundo e países selecionados)
O conjunto de tarifas impostas
aos americanos a diversos parceiros comerciais, incluindo Brasil (50%) e China
(30%), terá efeitos negativos sobre a economia global e, principalmente, sobre
a economia dos EUA.
Queda de 0,12% no PIB global
Queda de 0,37% no PIB dos EUA
Queda de 0,16% no PIB do
Brasil e da China
Retração de 2,1% no comércio
mundial (-US$ 483 bilhões)
Impactos gerais na economia
brasileira
- R$ 19,2 bilhões no PIB (0,16%)
- R$ 52 bilhões na exportação
- 110 mil empregos
Setores mais prejudicados com
a tarifa sobre o Brasil / Exportação e produção
- 23,61% na exportação de tratores e máquinas agrícolas, com redução de 4,18% na produção
- 22,33% na exportação de
aeronaves, embarcações e outros equipamentos de transporte, com redução de
9,19% na produção
- 11,31% na exportação de
carnes de aves, com redução de 4,18% na produção
Estados brasileiros mais
afetados (PIB)
São Paulo: - R$ 4,4 bilhões
Rio Grande do Sul: - R$ 1,9
bilhão
Paraná: - R$ 1,9 bilhão
Santa Catarina: - R$ 1,7
bilhão
Minas Gerais: - R$ 1,66 bilhão
Raio-X Brasil e Estados Unidos
O Brasil aplica tarifa média de 2,7% às importações de produtos americanos;
Nos últimos dez anos
(2015-2024), os EUA mantiveram superávit consistente com o Brasil: US$ 43
bilhões em bens, US$ 165 bilhões em serviços;
Os EUA são o 3º maior parceiro
comercial do Brasil, sendo o destino de 12% das exportações brasileiras e a
origem de 16% das importações;
Os EUA são o principal destino
das exportações da indústria de transformação, correspondendo a 78,2% das
exportações em 2024.
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