Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
CNI defenderá Acordo Mercosul-UE em encontro com Macron
Indústria
se reunirá com o presidente francês, nesta quarta-feira (27), em São Paulo.
Para a CNI, será uma oportunidade de reforçar a urgência do acordo e os
benefícios para a relação bilateral Brasil-França
A
expectativa de avançar nas discussões para concluir o Acordo Mercosul-União
Europeia ganha fôlego nesta semana, com a visita ao Brasil do presidente da
França, Emmanuel Macron. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, o
encontro com o líder francês é uma oportunidade singular para reforçar a
importância do acordo para as economias dos blocos e os benefícios para a
relação bilateral entre Brasil e França. A participação brasileira no mercado
francês ainda é baixa - apenas 0,5%, e é preciso buscar equilíbrio no comércio
bilateral.
A defesa do
acordo será feita pelo presidente da CNI em reunião reservada com Macron, o
ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin;
os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Minas e Energia, Alexandre
Silveira; e os presidentes da FIRJAN e da FIESP.
“A
implementação do acordo Mercosul-UE é essencial para a diversificação das
exportações e a ampliação da rede de parceiros comerciais nos países que
integram os dois blocos. Ajudará, ainda, a agregar valor às cadeias de produção
e a incentivar o crescimento da economia e a criação de empregos nas duas
regiões”, explica Alban.
Mais empregos e transição energética
Segundo a
CNI, a parceria oferece evidentes benefícios à economia brasileira:
diversificação das exportações, estímulo à competitividade dos produtos
brasileiros no mercado externo, cooperação para a transição energética e
fomento à criação de empregos. Só as vendas brasileiras para a UE contribuíram
com a criação de 21,4 mil vagas por bilhão de reais exportados em 2022 – valor
significativamente maior do que a contribuição dos embarques do Brasil com
destino à China (15,7 mil empregos).
Somando um
mercado consumidor de quase 720 milhões de pessoas e cerca de 20% da economia
global, o acordo formará uma das maiores áreas de livre comércio do planeta.
Contribuirá para a retomada da relevância da indústria na pauta comercial
brasileira com a União Europeia, que foi o segundo parceiro comercial
brasileiro em 2022, com uma corrente bilateral de mais de US$ 95 bilhões.
Participação
brasileira no mercado francês ainda é baixa
A França é
o 15° parceiro comercial do Brasil, com 1,45% de participação no mercado, e o
5° investidor direto no Brasil. Em 2023, as exportações brasileiras para o país
somaram USD 2.932 bilhões, e as exportações US$ 5.504. Nos últimos cinco anos,
as exportações cresceram 11%, e as importações, 12%.
A
participação brasileira no mercado francês ainda é baixa – apenas 0,5%. Embora
a pauta exportadora seja relativamente diversificada, há necessidade de buscar
equilíbrio no comércio bilateral. Esse objetivo deve ser alcançado ampliando
vendas de produtos de médio e alto valor agregado
Acordo Mercosul-União Europeia
>> As
estimativas da CNI são de que cerca de 40% de todos os produtos ofertados pela
União Europeia no acordo – e que estão sujeitos a algum tipo de tarifa em suas
aduanas – deixarão imediatamente de ter a cobrança do imposto de importação ao
entrar no bloco europeu. Se os compromissos já valessem em 2022, por exemplo,
isso equivaleria a quase R$ 13 bilhões em exportações brasileiras à UE. Desse
valor, 99% correspondem a produtos da indústria de transformação;
>> Em
consulta divulgada pela CNI no fim de 2023, 78% das entidades setoriais e 76%
das empresas avaliaram que a conclusão do acordo deve ser a prioridade da
agenda externa do bloco comercial. Ao todo, 104 entidades setoriais e 222
empresas brasileiras foram ouvidas sobre as principais ações necessárias ao
bloco durante a gestão brasileira;
>> O
Conselho Industrial do Mercosul apresentou aos governos do Mercosul uma
declaração conjunta com as medidas prioritárias do setor, durante o XI Fórum
Empresarial do Mercosul, realizado em 2023. Em nome das entidades que
representam a indústria nos países membros do bloco comercial, o documento
reafirmou a importância de concluir o Acordo Mercosul-União Europeia, entre
outras pautas;
Relações
bilaterais Brasil-França
>> A
França é o 15° parceiro comercial do Brasil, com 1,45% de participação no
mercado, e o 5° investidor direto no Brasil. Em 2023, as exportações
brasileiras para o país somaram USD 2.932 bilhões, e as exportações USD 5.504.
Nos últimos cinco anos, as exportações cresceram 11%, e as importações, 12%.
>> A
Indústria de Transformação é responsável por 72% da pauta exportadora para a
França, seguida de 20% da Indústria Extrativa. Dentre os principais produtos
exportados, estão: alimentos industrializados e combustíveis minerais.
>> O
Brasil importa, em sua maioria, produtos da Indústria de Transformação, a
exemplo dos motores e máquinas, partes de acessório de veículos e medicamentos
e produtos farmacêuticos.
>> A
França é o 9° maior fornecedor para o Brasil, que por sua vez, é o 36°
fornecedor para a França.
>> A
participação brasileira no mercado francês ainda é baixa, sendo 0,5% de
participação. Embora a pauta exportadora seja relativamente diversificada, há
necessidade de buscar equilíbrio no comércio bilateral. Esse objetivo deve ser
alcançado ampliando vendas de produtos de médio e alto valor agregado.
>> A França aumentou
em US$ 6,1 bilhões o estoque de IED no Brasil em 2022, o que representa 16% de
incremento em relação a 2021.
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