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Falta ou alto custo de matéria-prima é o principal problema para MPEs
O Panorama da Pequena Indústria mostra que o problema persiste, há cerca de um ano, nas indústrias de transformação e construção. Desempenho e faturamento melhoraram no terceiro trimestre
Micros e pequenas indústrias apontam a falta ou alto custo de matéria-prima como o principal problema que enfrentaram no último ano. Os dados fazem parte do Panorama da Pequena Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) feito trimestralmente. O levantamento do terceiro trimestre de 2021, divulgado nesta segunda-feira (8), constata que MPEs de transformação e construção apontam esse como o principal problema que enfrentam há cinco trimestres – um ano e três meses.
As indústrias extrativas não foram afetadas pelo mesmo problema por tanto tempo, pois também apontaram desafios com a carga tributária no segundo trimestre deste ano.
O levantamento ainda mostra que a elevada carga tributária e a falta ou alto custo de energia apareceram no ranking de principais problemas da pequena indústria neste trimestre. “A questão energética é um ponto de atenção, dado o contexto de crise hídrica atualmente vivido no Brasil”, destaca o relatório técnico.
Desempenho e Faturamento aumentaram no último trimestre
Outros dois indicadores do Panorama tiveram aumento quando comparados ao trimestre anterior. São eles, o Índice de Desempenho, que registrou 48,3 pontos no terceiro trimestre - resultado que está acima do índice médio do segundo trimestre de 2021 (46,5 pontos) e, também, acima da média histórica (43,3 pontos).
E o Índice de Situação Financeira, que ficou em 42,6 pontos, pouco diferente do índice do trimestre anterior (alta de 0,3 ponto). Quando comparado ao mesmo período de 2020, o indicador registrou uma alta um pouco maior, de 0,7 ponto.
A melhora da situação financeira está relacionada às iniciativas que visam facilitar o acesso ao crédito. “O governo federal vem implementando medidas que contribuem positivamente para a melhora da situação financeira. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que foi aprovado como política permanente em junho deste ano, e o início da segunda fase do Open Banking são algumas delas”, aponta o Panorama da Pequena Indústria.
Confiança e Perspectivas da pequena indústria caíram em outubro de 2021
O Índice de Confiança do Empresário Industrial para as pequenas indústrias registrou 56,9 pontos em outubro de 2021, uma queda de 0,7 ponto na comparação com setembro. Entretanto, permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, e segue acima da média histórica de 52,6 pontos. Esse resultado indica que a confiança dos empresários continua elevada e difundida entre as MPEs dos diversos setores.
O Índice de Perspectivas da pequena indústria também recuou para 51,0 pontos, mas está bem acima da média histórica (46,3 pontos).
Sobre o Panorama da Pequena Indústria
O Panorama da Pequena Indústria elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.
A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional e situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratações.
Além disso, a pesquisa também traz o ranking dos principais problemas enfrentados pelas MPEs em cada trimestre.
A pesquisa é divulgada trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Todos os meses, as pesquisas ouvem mais de 900 empresários de empresas de pequeno porte
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