SENAI de Ariquemes leva alunos de Técnico de Edificações para visita técnica em uma construção
FIERO se coloca à disposição para capacitar mão de obra para a usina de etanol
Buscando dar total apoio ao setor produtivo, Marcelo Thomé, presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO), mobilizou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RO), que prontamente se reuniu com a prefeita de Cerejeiras, Lisete Marth, nesta terça-feira (30), com objetivo de apresentar as oportunidades de cursos de capacitação para a população do município, e assim preparar mão de obra qualificada para os novos trabalhos que a instalação da usina de etanol irá gerar.
A indústria de
biocombustíveis, que está prevista para iniciar suas operações em 2026, é um
projeto que vem sendo gestado desde 2020. Com um investimento em mais de R$ 420
milhões, a estimativa é de que movimente R$ 2,5 bilhões na economia local e
crie mais de 130 novos empregos diretos e mais de mil indiretos.
“Busquei a
Federação porque percebi a importância de estarmos próximos, principalmente
durante esse processo de instalação da usina, para que a FIERO nos dê
orientação e apresente as melhores oportunidades que muitas vezes não temos
conhecimento”, contou Lisete Marth, prefeita de Cerejeiras.
O empreendimento recebeu
investimentos do grupo argentino Bahía Energía (GBE) e do empresário
vilhenense, Croceta Júnior. Segundo Croceta, os estudos sobre o projeto
iniciaram em 2019 e em 2022 buscaram a parceria com o GBE. “Minha família é
produtora de biomassa no estado desde 2005, vimos que o Mato Grosso cresceu
muito com a produção de etanol de milho, e enxergamos nisso uma grande
oportunidade de negócio”, explicou Croceta.
Segundo Pablo Otero, diretor
global de novos negócios do GBE, o grupo tem planos de continuar os
investimentos em Rondônia após essa primeira fase de instalação.
Nesta primeira etapa, a usina
terá capacidade de processamento de 525 mil toneladas de milho anualmente, com
produção de 170 milhões de litros de etanol e 115 mil toneladas de DDGS (distiller´s dried grains with
solubles/grãos secos por destilação com solúveis).
De acordo com o diretor administrativo da usina, Marcelo Lucas, hoje Rondônia é importadora dos DDGS. Esse insumo que é fonte proteica e energética nas formulações de ração animal de ruminantes, suínos, aves, peixes e camarão é usado em todas as indústrias de rações do estado. Com a usina, esses grãos serão produzidos em Cerejeiras, o que vai gerar mais renda com a possibilidade de exportação e o fortalecimento do agronegócio.
O presidente da FIERO enfatizou
a importância estratégica desse projeto para Rondônia. "A implantação
desta usina de etanol representa um marco para o desenvolvimento econômico e
sustentável de nossa região. A Federação tem compromisso em apoiar iniciativas
que fortaleçam o setor industrial, que contribuam para a conservação do meio
ambiente e para o bem-estar de nossa população”, disse Thomé.
Além disso, a usina de etanol
tem potencial para impulsionar a produção de energia verde no estado. Com a
crescente preocupação global com a sustentabilidade ambiental, iniciativas como
essa são essenciais para a redução das emissões de carbono e para a transição
para fontes de energia mais limpas e renováveis.
O Instituto Amazônia+21, que
também é presidido por Marcelo Thomé, tem como missão justamente estimular
inciativas que conciliem o desenvolvimento econômico com a preservação
ambiental, vê o empreendimento como um passo firme para um futuro mais
sustentável para a Amazônia Legal e para a consolidação de uma indústria verde
na região.
“A usina vem
a ser um marco na agroindústria de Rondônia, vamos colocar na bomba um
combustível mais barato e verde, indo no sentido de conservação da Amazônia. Vamos
usar menos combustível fóssil, substituir a gasolina de hoje pelo etanol de
milho e contamos com a FIERO nesse processo, que já é nossa parceira,” pontuou Marcelo
Lucas.
Com o início das obras
previsto para o mês de maio deste ano, a expectativa é que a usina traga
impactos positivos significativos para a população de Rondônia, seja um símbolo
de inovação, sustentabilidade e progresso econômico.
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