IMPRENSA
02 de May de 2024 - 14h38

A- A A+

Empresas terão R$ 110,9 milhões para inovar na cadeia automotiva: conheça os projetos

Mais de 30 empresas, incluindo startups, estão envolvidas em projetos estruturantes do SENAI e da Embrapii para reaproveitar autopeças e desenvolver baterias de lítio para eletrificação de veículos

 

Trinta e cinco empresas, entre elas sete startups, vão desenvolver conjuntamente soluções inovadoras para grandes desafios da cadeia automotiva: a eletrificação veicular e o reaproveitamento de autopeças. Três propostas - duas para produção de baterias de íon-lítio e uma para reciclagem e reuso de materiais poliméricos e têxteis - foram aprovadas no edital do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e da Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii) para projetos estruturantes no setor automotivo, com recursos do Programa Mover – antigo Rota 2030.


Confira o regulamento e os resultados da chamada de Projetos Estruturantes Embrapii e SENAI


A chamada, divulgada na Plataforma Inovação para a Indústria, recebeu nove propostas, totalizando R$ 417 milhões solicitados às duas instituições para a execução dos projetos. Três foram pré-aprovados, com um período para recurso. O resultado foi anunciado na última terça-feira, 30.


Ao todo, serão destinados R$ 110,9 milhões para os três projetos, que vão contar com a expertise e estrutura dos Institutos SENAI de Inovação (ISIs) em Tecnologias da Informação e Comunicação, em Recife; Biossintéticos e Fibras, no Rio de Janeiro; e Eletroquímica, em Curitiba; além das Unidades Embrapii de Software e Automação, na Universidade Federal de Campina Grande; e de Comunicações Avançadas, o CPQD, em Campinas. As empresas participantes investiram mais R$ 15 milhões como contrapartida. O prazo para desenvolvimento dos projetos é de até 36 meses.


O diretor-geral do SENAI, Gustavo Leal, destaca a contribuição das propostas para a competitividade do setor automotivo: “O SENAI e a Embrapii entram com expertise em pesquisa, desenvolvimento e inovação para possibilitar que as empresas solucionem um desafio do setor automotivo. Como os projetos são desenvolvidos por uma aliança de empresas, nós temos um ganho setorial e não de uma única proponente”.


Para o presidente da Embrapii, Francisco Saboya, esse é um investimento que projeta o país no cenário internacional. “A iniciativa não apenas promove a modernização do setor, mas também representa uma oportunidade para elevar o padrão da indústria brasileira a nível mundial. Com isso, estamos construindo as bases para um futuro mais promissor e competitivo para um setor automotivo mais sustentável e conectado com as necessidades do mundo."


Conheça os projetos

Protótipo nacional de bateria de lítio de baixa tensão para eletrificação veicular

Instituto SENAI proponente: ISI-TICs

Unidade EMBRAPII: Software e Automação – Universidade Federal de Campina Grande

Empresa proponente: Acumuladores Moura

Empresas da aliança: FCA Fiat, Peugeot-Citroen, Horse, Iochpe Maxion, Volkswagen

Startups: Voltbras Eletropostos, Hit Tecnologia


Proposta: construção de protótipo de bateria de íon-lítio de baixa tensão (12V/48V) para eletrificação veicular, homologada e certificada para o mercado de automóveis leves híbridos (HEV) e HEV flex. O projeto também inclui: montagem da primeira linha de produção nacional de baterias de lítio para a fabricação de um lote de 140 baterias, sendo 70 unidades 12v e outras 70 de 48v; e o desenvolvimento de uma plataforma que, por meio de Inteligência Artificial (IA), monitora e gerencia as baterias para um desempenho seguro e eficiente.


Economia Circular de Autopeças Plásticas e Têxteis na Cadeia Automotiva


Instituto SENAI proponente: ISI-Biossintéticos e Fibras

Unidade EMBRAPII: Instituto Nacional de Tecnologia - INT

Empresa proponente: FCA Fiat

Empresas da aliança: Volkswagen Truck & Bus, Peugeot-Citroen, Interni Sistemas Automotivos, Fibra-Tech Reciclagem Técnica

Startups: Global Suprimentos Industriais e Serviços, Sci4fiber


Proposta: reaproveitamento de materiais poliméricos, seja por meio de reuso direto ou sua reciclagem. Esses materiais podem ser aplicados tanto na logística reversa em um circuito fechado, quanto em outros setores, como construção civil, plásticos, têxteis, embalagens, entre outros, em um circuito aberto. Ao desenvolver autopeças plásticas e têxteis sustentáveis e novas rotas para a reciclagem, o projeto não só viabiliza a economia circular, como também reduz o consumo de polímeros virgens derivados do petróleo e, consequentemente, o consumo de recursos hídricos e energéticos e as emissões de CO2.


Baterias de íons-lítio


Instituto SENAI proponente: ISI-Eletroquímica

Unidade EMBRAPII: CPQD

Empresa proponente: FCA Fiat

Empresas da aliança: Volkswagen, General Motors, WEG, Marcopolo, Acumuladores Moura

Empresas da aliança (parte opcional): Petrobras, CBA, Tupy, Mosaic Fertilizantes, Equatorial Sistemas, Novelis, Cecil S/A, Elo Componentes Eletroquímicos, CNH Industrial, New Power, MowiClen Ind. de Mobilidade, GET-General Engineering, SkyDrones, On Charge, SMS Produtos Elétricos, TEIU Pesquisa e Desenvolvimento em Energia, C3A Industria de Metais, Arkema Coatex.

Startups: EiON Veículos Elétricos, Voltpine do Brasil Pesquisa e Desenvolvimento, Energy Source


Proposta: desenvolvimento de células cilíndricas e prismáticas de íons-lítio em ambiente pré-industrial, promovendo, assim, a cadeia de valor nacional em torno da tecnologia de baterias de íons-lítio. Para isso, é necessário passar por algumas etapas, como determinar as propriedades eletroquímicas de células de íons lítio em uma escala comercial; aplicar provas de conceito de produção de componentes e para produção de células escalonáveis; realizar análise de mercado para cada insumo do processo; produzir lotes pioneiros de células de íons-lítio e quantificar potenciais impactos ambientais.


Mais notícias

Alunos do SESI de Pimenta Bueno se destacam em atividade de arte colaborativa

SENAI Vai Até Você leva quatro cursos ao município de Urupá

CNI apoia aprovação do projeto que cria a Letra de Crédito de Desenvolvimento

Setor produtivo apoia aprovação do PL que revisa isenção para importados de até US$ 50