IMPRENSA
20 de May de 2024 - 14h33

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FIERO destaca investimentos de R$ 4 bilhões para financiar negócios sustentáveis na Amazônia

A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) é parceira do Instituto Amazônia+21 e participou do lançamento da Facility de Investimentos Sustentáveis, uma plataforma inovadora que promete transformar a realidade dos amazônidas e ser a resposta imediata para mitigação de impactos das mudanças climáticas, que aconteceu na última sexta-feira (17).


Pensada e desenvolvida ao longo de 2023 pelo Instituto Amazônia+21 e parceiros, a Facility busca atrair investimentos de impacto positivo que financiarão negócios sustentáveis na Amazônia.


A ferramenta funciona por meio de blended finance ou “financiamento misto”, uma forma de investimento que une recursos públicos, comerciais, de fomento e filantrópicos. A meta inicial é captar R$ 600 milhões nos primeiros três anos e em 10 anos de atividades movimentar 4 bilhões.


A Confederação Nacional da Industria (CNI) foi a primeira a investir no fundo, ao comprar uma das dez cotas pioneiras no valor de R$ 2 milhões. Para o diretor executivo do Instituto Amazonia+21 e presidente da FIERO, Marcelo Thomé, essa ação mostra o compromisso da indústria brasileira com a agenda de sustentabilidade.


Com esse montante, o Amazônia+21 espera gerar impactos de desenvolvimento de uma economia de alto valor agregado, justa e inclusiva no bioma; a redução do desmatamento, das emissões, da poluição e aumento da conservação da biodiversidade; desenvolvimento socioeconômico e a melhoria das condições de vida das populações locais; ampliação e diversificação da oferta de bens e serviços no território.


Os investidores participam ativamente, em cada etapa do processo, promovendo setores estratégicos da economia verde, como a bioeconomia, agricultura de baixa emissão, energia renovável, turismo sustentável, água e desenvolvimento territorial. Entre os benefícios para os doadores, estão a alavancagem de capital em até sete vezes e a participação na governança da ferramenta.


Os resultados vão promover mais qualidade de vida para milhões na Amazônia e reduzir drasticamente os efeitos das mudanças climáticas. “Precisamos enfrentar a agenda de atraso de infraestrutura das cidades amazônicas, traduzir em valor o potencial da floresta em pé para gerar negócios sustentáveis e mudar a realidade dos 30 milhões que vivem na região, isso é conservação, dignidade e oportunidade”, disse Thomé.


O Instituto Amazônia+21 nasceu na FIERO e é uma inciativa que reúne as 9 Federações de Indústria da Amazônia Legal com apoio da CNI. Trabalha em parceria com comunidades locais, governos e organizações para promover a conservação ambiental, o desenvolvimento econômico e social da região amazônica.


Transformação no modelo econômico


Segundo Maristela Baioni, coordenadora da Unidade de Programa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Facility vai transformar o modelo econômico brasileiro através de um desenvolvimento inclusivo, humano e sustentável que ao mesmo tempo gera riqueza.


“Estamos falando de um novo modelo de desenvolvimento que possa enfrentar as mudanças climáticas, as desigualdades e alavancar o desenvolvimento na região amazônica. Não podemos mais esperar, a Facility representa esperança, uma oportunidade de transformação e de desenvolvimento humano e sustentável na Amazônia”, contou Baioni. Para ela, com o sucesso da ferramenta será possível levar essa experiência para outros países e provocar uma transformação planetária, e renovar as esperanças para essa geração e para as gerações futuras.


Para a gerente do Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Anny Pricyla, com a Facility será possível planejar um futuro de médio a longo prazo com sustentabilidade e credibilidade. “Essa ferramenta representa uma solução de continuidade focada em investimentos, crédito e impulsionamento desses negócios sustentáveis. Uma agenda de país forte que começa a olhar para os seus ativos não como matéria prima, mas como insumos de valor, de geração de emprego e renda. Essa agenda de continuidade que o SEBRAE tem muito o que participar”, afirmou Pricyla.


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