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FIERO lamenta suspensão da licença prévia para recuperação da BR-319

A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) recebeu com surpresa a decisão proferida na última semana que, de forma liminar, suspendeu a licença prévia para a recuperação e asfaltamento do “trecho do meio”, da BR-319, principalmente neste momento em que a crise hídrica ameaça desabastecimento de combustíveis, o transporte de pessoas e mercadorias entre os estados de Rondônia e Amazonas via fluvial.
O presidente da FIERO, Marcelo
Thomé, lamenta essa situação e defende que o diálogo entre os principais atores
desse processo continua sendo a melhor alternativa para encontrar soluções viáveis
para o impasse. “É necessário entender que hora de acharmos soluções, uma delas
seria transformar a rodovia em uma Estrada Parque (EP), fazendo que ela seja
sustentável, não comprometa a fauna, flora e a mata nativa da região.
Thomé acredita que a Estrada
Parque seja a alternativa para que a rodovia se torne viável e a obra seja
concretizada. “De forma organizada, ela abre nova alternativa de rota de
tráfego de passeio e escoamento de produtos, reduz o isolamento, além de
melhorar a qualidade de vida das pessoas que residem ao longo desta região,
mantendo a floresta conservada”, afirma.
O presidente da FIERO lembra que,
durante a pandemia, centenas de vidas teriam sido poupadas, caso a BR-319
estivesse recuperada. O oxigênio para atender os afetados pela Covid-19 em
Manaus, teve de ir via terrestre e a viagem que deveria ser de 36 horas, se
estendeu para quatro dias, chegando tardiamente.
Em participação no diálogo do
setor produtivo e lançamento da pedra fundamental do Hub SENAI de Inovação, no
início de julho, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, enfatizou a preocupação com a estiagem na
região Norte, e sinalizou com serviços de dragagem nas margens do Madeira.
Em contato com a assessoria do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o órgão diz que
já atua para dragar um volume de 1,7 milhão de metros cúbicos nas localidades
de Abelhas, Salão Fausto, Salmão, Santa
Cruz, Miriti
e Manicoré,
para garantir a manutenção do canal de navegação com largura e profundidade
adequados, durante o período de estiagem, sabendo-se que é um trabalho
paliativo e de alto custo.
Portaria publicada no último
dia 11, a Marinha suspendeu a navegação noturna para comboios e demais embarcações,
no trecho de Porto Velho a Novo Aripuanã, por prazo indeterminado, em
decorrência do regime de seca do Rio Madeira. A Sociedade de Portos e Hidrovias
informou que pela última metragem, o rio está com apenas 2,83 m.
Conforme o Sindicato do Comércio
Varejista de Derivados de Petróleo de Rondônia (Sindipetro-RO), as balsas que
saem de Manaus já navegam com a metade da capacidade. No entanto, descarta o
desabastecimento, pois são utilizadas rotas alternativas e, porque o setor se
organizou face à seca do ano passado, e começou a fazer estoques para não
ocorrer riscos de falta de combustíveis e gás. Porém, alerta que o trajeto para
chegar à Rondônia aumentou em 2400 quilômetros, o que certamente vai encarecer
os derivados em média R$ 0,40 por frete.
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