Presidente da FIERO participa da estreia do programa “Fala Indústria” promovido pela CNI
Desafios climáticos exigem crescimento econômico com responsabilidade ambiental
Presidente
da CNI, Robson Braga de Andrade, abriu os debates sobre a estratégia da
indústria para uma economia de baixo carbono, nesta terça-feira (16), em São
Paulo
O mundo
precisa enfrentar com urgência os desafios de reduzir as emissões de gases de
efeito estufa, conter o aquecimento global e adotar medidas para adaptação
frente aos impactos dos eventos extremos causados pelas mudanças climáticas. O
Brasil está engajado no esforço global pela descarbonização da economia e
desempenha papel relevante nas negociações internacionais sobre clima, mas os
esforços para combater as mudanças climáticas devem combinar crescimento
econômico com responsabilidade ambiental.
Com essa mensagem, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, abriu nesta terça-feira (16) o encontro Estratégia da Indústria para uma Economia de Baixo Carbono. A abertura contou com a participação do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite; do embaixador-chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez; por videoconferência, do embaixador do Egito no Brasil, Wael Aboulmagd; do presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles; e da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
O evento
faz parte das iniciativas da CNI para ampliar o debate sobre a transição para
uma economia orientada por tecnologias limpas e processos de produção mais
eficientes e preparar a participação da indústria brasileira na Conferência das
Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP27), em novembro, no Egito. Andrade
ressaltou que a posição de destaque do Brasil no cenário mundial é resultado de
uma série de iniciativas e políticas que vêm sendo adotadas e das
características naturais que colocam o país em vantagem comparativa frente a
outros países.
“Atualmente,
as fontes renováveis têm uma participação de quase 50% na matriz energética
brasileira, que é uma das mais limpas do mundo. O Brasil também foi pioneiro na
produção e no uso de biocombustíveis. Além disso, temos a mais rica
biodiversidade e a maior floresta tropical do planeta. Com essas
características admiráveis, reunimos condições para atrair recursos do
financiamento climático, que seriam importantes para consolidar nossa
trajetória rumo a uma economia verde”, disse.
Crescimento
econômico com responsabilidade ambiental
O
presidente ressaltou, contudo, que diante da crise deflagrada pela pandemia de
Covid-19 e pela guerra na Ucrânia, os esforços do Brasil em contribuir com a
mobilização global de combate às mudanças do clima devem ser combinados com
medidas para o país voltar a crescer de forma sustentada. Para isso, é
necessário combinar crescimento econômico com responsabilidade ambiental.
“O
crescimento econômico com responsabilidade ambiental é imprescindível para a
redução das desigualdades sociais e para garantir a melhoria da qualidade de
vida da população”, disse, destacando que a legislação ambiental brasileira
dispõe de instrumentos avançados e de regras de proteção dos recursos naturais
que atendem a rigorosos preceitos mundiais.
A indústria é essencial para ampliar os investimentos em tecnologias limpas e criar soluções voltadas à consolidação de uma economia de baixo carbono e tem feito a sua parte. A CNI vem estimulando as iniciativas empresariais e tem atuado junto ao governo para que o país adote um plano consistente de descarbonização da economia, promovendo o desenvolvimento sustentável e a maior competitividade dos negócios.
Estratégia
de baixo carbono baseada em quatro pilares
A
estratégia da indústria para alcançar esse objetivo se baseia em quatro pilares
- transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação das
florestas. Na prática, envolve medidas como a criação de um mercado global de
carbono, com a adoção do sistema “cap and trade”, em que as empresas com volume
de emissões inferior ao autorizado podem vender o excedente para as que lançam
quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera.
A economia
circular consiste da manutenção do fluxo circular dos recursos naturais,
evitando desperdício e diminuindo custos. O combate ao desmatamento ilegal e às
queimadas é essencial nas ações de conservação das florestas. A ampliação do
uso de energias limpas (eólica, solar, bioenergia), com investimento em novas
tecnologias, como o hidrogênio sustentável, que tem sido apontado como a nova
solução energética e representa grande potencial para o Brasil são eixo
principal da transição energética.
“Nossas
propostas para essas áreas, que vêm sendo amplamente discutidas com o setor
produtivo e com representantes do governo e de outros segmentos da sociedade,
foram apresentadas, no fim de junho, aos candidatos à Presidência da República.
A expectativa da indústria é que as sugestões sejam consideradas nos projetos
do governo a ser eleito em outubro, ajudando o país a superar as adversidades e
a avançar nos próximos quatro anos”, destacou o presidente da
CNI.
Especialistas
nacionais e internacionais debatem economia de baixo carbono
O encontro Estratégia da
Indústria para uma Economia de Baixo Carbono ocorre nesta terça e
quarta-feira (16 e 17), em São Paulo. Nesses dois dias, um time de
especialistas nacionais e internacionais, empresários, federações e associações
do setor industrial e representantes de governos debatem a contribuição do país
para atingir as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e as
oportunidades de negócios para a descarbonização da indústria brasileira.
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