IMPRENSA
02 de August de 2023 - 07h55

A- A A+

Começa amanhã, no Rio de Janeiro, torneio de robótica com 800 competidores de todo o país

Alunos de escolas públicas, privadas e do SESI disputam com robôs de até 2 metros e 56 kg e miniaturas de carros de Fórmula 1. Competições serão de 3 a 5 de agosto na Marina da Glória

 

O Rio de Janeiro será palco de uma competição de tecnologia e engenharia, com a participação de 800 estudantes de ensino médio de escolas públicas, particulares e do Serviço Social da Indústria de 23 estados e do Distrito Federal. O Festival SESI de Robótica Off Season ocorre na Marina da Glória, de quinta-feira (3) a sábado (5), com entrada gratuita para o público.

 

O torneio é dividido em três modalidades, que envolvem robôs de até 56kg e 2 metros de altura e réplicas em miniaturas de carros de Fórmula 1, disparados em uma pista de 24 metros. Os estudantes competem em equipes e têm alguns meses para se preparar para os desafios na pista e nas arenas. 

 

Além da velocidade do carro e do desempenho dos robôs, que precisam cumprir as atividades e somar o máximo de pontos em partidas de 2m30s, os times são avaliados pelos diversos recursos que utilizam para modelagem, construção e programação das máquinas. Projetos sociais para levar ciência e tecnologia à comunidade, gestão financeira e marketing das equipes, que funcionam como empresas, também são critérios de avaliação. 

 

“O que parece apenas uma competição com robôs ágeis e carros que atingem 80 km/h é, na verdade, uma fábrica de talentos. Com uma metodologia que aplica, na prática, conceitos de ciências, engenharia, tecnologia, design e matemática, o chamado STEAM, os alunos ganham conhecimento e habilidades técnicas e comportamentais que vão moldar os profissionais que eles serão no futuro”, afirma o diretor de Operações do Serviço Social da Indústria (SESI), Paulo Mol. 

 

Uma nova geração de engenheiros 

 

Para conhecer mais os interesses e as expectativas dos estudantes, o SESI aplicou um questionário on-line com os competidores sobre as áreas e profissões que eles desejam seguir. Dos 829 respondentes (49,5% se identificaram como gênero masculino, 49,6% feminino e 0,9% outros), 51,7% querem a área de Engenharia ou de Ciências Exatas e da Terra.

Na sequência, aparecem Ciências da Saúde (15%), Linguística, Letras e Artes (11,8%), Ciências Sociais e Aplicadas (9,7%), Ciências Humanas (6%), Ciências Agrárias (3%) e Ciências Biológicas (2,8%). Sobre a profissão, especificamente, as que estão diretamente ligadas às atividades da robótica e aparecem entre as mais citadas estão engenheiro (246), programador e carreiras ligadas à computação (85), professor ou pedagogo (52) e designer (34). 

 

Ao ingressarem em uma equipe, os estudantes têm a oportunidade de entrar em contato com áreas cujo ensino e aprendizagem ainda são deficitários no Brasil. O impacto na formação é positivo e duradouro, já que as atividades despertam o interesse e dão a base para os desafios que o jovem vai encontrar na formação técnica ou acadêmica e no mercado de trabalho. Cada vez mais, são demandados profissionais críticos, criativos, que resolvem problemas e sabem programar. 

 

Entenda as modalidades 

 

F1 in Schools: no projeto educacional da Fórmula 1, os estudantes montam escuderias, com 3 a 6 integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, chegam a 80 km/h em uma pista de 24 metros. Eles também montam um plano de negócios e de marketing para promover a escuderia. 

 

FIRST Tech Challenge (FTC): a partir de um kit básico e da criatividade para utilizar diferentes materiais, os estudantes constroem e programam robôs de até 19kg, que precisam realizar uma série de atividades, como carregar blocos e empilhar cones. Eles também apresentam portfólio de engenharia para detalhar a criação e o funcionamento dos robôs.   

 

FIRST Robotics Competition (FRC): semelhante à FTC, a FRC é mais complexa porque os robôs são de porte industrial e chegam a 56 kg e 2 metros de altura. Também precisam realizar atividades na arena, como se equilibrar em uma plataforma. A competição é bastante consolidada lá fora, onde os times são patrocinados por grandes empresas, como General Motors, Apple, Xerox, Google, GE Energy, Toyota, que acabam utilizando o torneio para identificar talentos. 

 

SERVIÇO 

 

Festival SESI de Robótica Off Season 

Marina da Glória, no Rio de Janeiro 

Aberto público de quinta (3) a sábado (18h) das 9h às 18h – com entrada permitida até 17h 

Entrada gratuita 

 

GRANDES NÚMEROS 

 

88 equipes (30 FRC + 30 FTC + 28 F1 in Schools) de 24 Unidades da Federação 

800 estudantes 

FRC: 344 (125 meninas e 219 meninos) 

FTC: 222 (88 meninas e 134 meninos) 

F1 in Schools: 154 (72 meninas e 82 meninos) 

Total: 720 competidores (40% meninas e 60% meninos) + 80 mentores (não temos sexo) 

98 voluntários 

FRC: 23 juízes + 10 voluntários de apoio a juízes e operação + 20 voluntários no Machine Shop 

FTC: 15 juízes 

F1: 20 juízes 

10 "anjos" distribuídos em todas as competições 

Total: 58 juízes + 40 voluntários de apoio 

150 profissionais na organização do evento  

4.850 mil m² de área ocupada   

2 pistas e 5 arenas de competição 

1 pista de competição e 1 pista de treino de F1 in Schools com 225m²    

2 arenas de competição de FTC e 1 de treino em 200m²   

1 arena de competição FRC de 455m² e 1 arena de treino de 96m²    

2 mil toneladas de equipamentos   

Capacidade máxima: 5.000 mil pessoas 

 

Resultado do questionário on-line com 829 competidores da robótica 

 

- 298 (35,9%) querem Engenharia - Civil, Elétrica, Mecânica, de Produção, Química, de Materiais, Ambiental, de Software, da Computação, de Telecomunicações 

- 131 (15,8%) Ciências Exatas e da Terra - Matemática, Física, Química, Astronomia, Geologia, Oceanografia, Ciência da Computação e Estatística 

- 124 (15%) Ciências da Saúde - Medicina, Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Nutrição, Fisioterapia, Educação Física 

- 98 (11,8%) Linguística, Letras e Artes - Letras, Linguística, Artes Cênicas, Artes Plásticas, Dança, Música, Design, Comunicação Visual, Jornalismo 

- 80 (9,7%) Ciências Sociais e Aplicadas: Administração, Direito, Economia, Contabilidade, Serviço Social, Comunicação Social, Turismo, Biblioteconomia 

- 50 (6%) Ciências Humanas - Filosofia, História, Antropologia, Arqueologia, Sociologia, Psicologia, Geografia, Letras, Pedagogia 

- 25 (3%) Ciências Agrárias - Agronomia, Engenharia, Agrícola, Zootecnia, Veterinária, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Gestão Ambiental 

- 23 (2,8%) Ciências Biológicas - Biologia, Ecologia, Zoologia, Botânica, Genética, Microbiologia, Imunologia e Bioquímica 


Mais notícias

Momento exige negociação e não retaliação, avalia CNI sobre decreto de tarifas de 50 por cento dos EUA

Menos juros, mais crescimento, defende CNI

Estados mais dependentes do mercado dos EUA enfrentam impacto bilionário com tarifaço americano

Levantamento feito pela CNI mostra impactos do tarifaço sobre economia brasileira e global